domingo, 10 de janeiro de 2010

Reflexões sobre o texto: Revisitando os Projetos de Aprendizagem, em tempos de web 2.0


Lendo o texto de Iris Tempel Costa e Beatriz Corso Magdalena pude reforçar a importância que o trabalho com Projetos de Aprendizagem tem, principalmente se aliarmos a ele o uso das TIC's.

Há uns anos atras criei um blog com minha turma de terceiro ano, lá registrávamos todas as nossas aprendizagens para dar visibilidade a outras pessoas de tudo que estávamos estudando. Naquele ano haviam poucas experiências nas escolas com as tecnologias e como visitávamos o laboratório de informática apenas uma vez por semana tínhamos que aproveitar bem o tempo ora pesquisando na internet, ora relatando nossas experiências. Apesar de não termos desenvolvido o trabalho com projeto na rede, utilizávamos este espaço para divulgar nossas aprendizagens , o que envolveu muito os alunos e fez com que tivessem uma relação mais dinâmica com os computadores, usando seus mecanismos com mais propriedade e desembaraço. A professora do laboratório de informática da escola em que atuava era parceira, pois me auxiliava, dando suporte para que pudéssemos desenvolver este trabalho, já que na época não tinha nenhum conhecimento de informática.

Recorri a esta história apenas para salientar como é importante que nós educadores tenhamos conhecimento nesta área e busquemos usar cada vez mais as TIC's para resignificar nosso trabalho em sala de aula, oportunizando aos nossos alunos uma proposta pedagógica desafiadora, que instigue a busca de informações, a pesquisa e desenvolva a autoria e autonomia no seu processo de aprendizagem.

O trabalho com o PA segue uma lógica similar a da investigação científica. Observar seu entorno, um fenômeno ou evento e a partir daí formular perguntas que vão desencadear o processo investigativo. Devemos ter uma questão norteadora que desafie a pesquisa, uma questão de investigação autêntica para o grupo, que deve emergir das curiosidades dos alunos e seu contexto, buscando desenvolver nos alunos o hábito de perguntar, questionar.

Formulada a questão norteadora o próximo passo é verificarmos os conhecimentos prévios que temos sobre a questão em estudo. Nosso ponto de partida é levantar as certezas provisórias para traçarmos os caminhos que teremos de percorrer para buscar o que queremos saber. Desat maneira a questão norteadora passa a se desdobrar em certezas provisórias e dúvidas temporárias que vão se articulando na medida em que vai avançando o processo de investigação. O esclarecimento das dúvidas e a articulação dos saberes oportunizam aos envolvidos no PA a construção de conhecimentos através dos conceitos que vão sendo evidenciados.

Para que as ações ocorram é necessário um planejamento que vise a organização do tempo, os espaços de reflexão e avaliação, que servirão para nortear o PA consolidando assim as novas aprendizagens.

Os espaços de interação são muito importantes, pois além de darem visibilidade ao trabalho realizado demonstram o processo em que todos estão envolvidos. A interação entre os sujeitos envolvidos no processo de aprendizagem é fundamental para que o trabalho se concretize, pois o PA desenvolve noções de respeito, aceitação as diferenças e flexibilidade das ações.

Um comentário:

Leonardo Porto disse...

Prezada Ana,

a sua postagem está bastante clara e traz uma reflexão que une a leitura do texto com uma experiência sua. Se você quiser pode refletir mais sobre o tema: nós temos usados os pbworks para os PAs, mas como seria usar o blog?