quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

BRINCANDO TAMBÉM SE APRENDE!!



Antes de realizar as leituras sobre as questões que abarcam a ludicidade não tinha clareza do que seria trabalhar o lúdico na sala de aula.
Agora posso ver que o brincar na sala de aula tem uma importância muito significativa para o ato de aprender, não basta o aluno utilizar jogos que envolvam este ou aquele conteúdo, o que importa é que meu aluno se sinta através do brincar desafiado a estabelecer relações com a sua realidade, expressando na brincadeira sua maneira de pensar e agir, estruturando o seu conhecimento de uma forma prazeirosa.

Gostaria de salientar também que vendo a entrevista da professora Tânia Fortuna percebi que há um caráter importantíssimo de se resgatar o brincar na sala de aula envolvendo também as famílias proporcionando atividades onde pais e filhos possam trocar experiências, se integrando através de brincadeiras , para que fique claro para eles, que podemos aprender muito e desenvolver nossas potencialidades por meio do brincar.

Tive uma experiência com uma turma de alfabetização, onde trabalhamos sobre os brinquedos e foi solicitado que os pais participassem confeccionando um brinquedo do seu tempo de criança.
Foi muito legal ver os alunos todos orgulhosos apresentarem os brinquedos de seus pais, apareceu de tudo desde bonecas de pano ou feitas de sabugo de milho, pipas, cinco marias, bolas de meia,carrinhos de lata até perna de pau.
Também resgatamos a questão dos tipos de brinquedos que eram utilizados no passado e agora estão esquecidos, a valorização dos brinquedos confeccionados pelos pais ou avós, que tem o valor sentimental, em relação aos industrializados, que tem valor comercial.

Depois destas apresentações convidamos o pai de um deles para nos ensinar a fazer a pipa, foi uma atividade bem trabalhosa, pois tivemos que lidar com medidas precisas das estacas cortadas do bambú, barbante para amarrar nas arestas, depois colamos papel de seda, o pai do Dionatan alertou para os cuidados em soltar as pipas, pois os fios da rede elétrica são perigosos, enfim aprendemos muitas coisas interessantes e o mais bacana foi empinar as pipas no pátio da escola.
Ao término deste projeto confeccionamos outros tipos de brinquedos para usarmos durante o recreio, para que os colegas das outras turmas pudessem brincar conosco.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

A Arte nos faz pensar!

A Arte nos faz pensar e refletir sobre a realidade que nos cerca, ampliando nossa visão de mundo, abrindo o diálogo com outras esferas, produzindo novas experiências enquanto interagimos nessa amplitude que se nos coloca.
O artista tenta através de sua arte se comunicar com o espectador, provocando a mudança de comportamento frente ao seu próprio mundo.
Visitando a 6º Bienal do Mercosul, pude perceber que a arte está em toda parte, dependendo do olhar de cada um, das suas experiências, do seu entendimento enquanto ser pensante que atua e modifica o seu universo e do diálogo que se quer manter com as pessoas que interagem com a obra de arte.

MPB para crianças

Foi um trabalho muito significativo, pois me fez retornar ao ambiente escolar, dando um passo a frente em meu tratamento psicológico, apesar de ser um lugar diferente pude vivenciar junto a minha colega e amiga momentos de alegria ao lado de seus alunos ao som da música de Assis Valente em vários ritmos.
Me deixei contagiar pela bela música, cantamos, dançamos, observamos o compasso, enfim vivenciamos um momento único apreciando por outros prismas a música e seus desdobramentos.Pude reencontrar no olhar das crianças a alegria contagiante de aprender e ensinar.

EAD/PEDAGOGIA

Por estarmos no mês de dezembro, próximos do Natal, resolvemos trabalhar sobre a vida e obra de Assis Valente, mais precisamente com sua música Boas Festas, por ser de domínio popular e, no entanto ninguém ter conhecimento do autor e de como foi composta.
Partimos do material disponibilizado no Pólo em Power Point com a história: O Natal do Valente Assis, na qual exploramos fatos que marcaram sua vida. As crianças ficaram impressionadas pelo fato dele ter sido abandonado aos dez anos pelos pais adotivos e apesar disto ter conseguido estudar e adquirir uma profissão.

Encantaram-se em saber que a música, Boas Festas, surgiu da idéia dele de escrever uma carta ao Papai Noel, por estar passando por um período difícil em sua vida já que passou a viver de sua arte.

Bem depois da história contada e de ter sido acompanhada por todos no laboratório de informática, ouvimos atentamente a música nas suas diferentes versões. A primeira versão que ouvimos, foi interpretada por Carlos Galhardo em 1933, a segunda instrumental em “A Harpa e a Cristandade” de Luis Bordon, a terceira interpretada pela cantora Simone e a quarta interpretada por Wilson Paim.

Os alunos se deram conta das diferenças entre a melodia e os ritmos variados de cada interpretação. Também puderam identificar os tipos de instrumentos utilizados na execução das mesmas, como a gaita na versão de Paim e a harpa na versão instrumental, alguns até se deram conta da presença de outros instrumentos como o Baixo, por estarem acostumados a ouvirem tocá-lo na igreja.

Além de ouvirmos as músicas, cantamos e dançamos utilizando os passos para marcar o compasso e também palmas, batendo os pés, estalando os dedos, para sentirmos o ritmo e a melodia. Foi uma experiência realizada com música com um enfoque bem diferente do que estamos acostumados, por isso bem divertido também.
Depois nos dirigimos para a sala de aula e como os alunos ainda não sabem ler propomos que fizéssemos uma carta ao Papai Noel escrita pela professora, onde cada um poderia anexar seus desejos para o Natal, em desenho.
Combinamos de enviarmos a carta ao correio por isso confeccionamos um envelope endereçado ao Papai Noel com os dados da escola e da turminha.
Na próxima aula os alunos irão confeccionar os sinos com garrafas pet e tampinhas de garrafas.
Eu e a colega Adriana Arruda ficamos muito contentes em realizarmos este trabalho em parceria com a Fabiana que apesar de ser de outro pólo viabilizou a realização deste, uma vez que o realizamos junto a sua turma de alunos de primeiro ano, na escola em que atua e tão gentilmente nos recebeu. O trabalho foi muito gratificante, pois vivenciamos o ensino da música num enfoque diferente, conseguindo trocar idéias com os alunos.


INVENTÁRIO CRIATIVO


Para mim realizar este trabalho foi um enorme desafio pois não estava em sala de aula então propuz a professora o relato de um trabalho que havia desenvolvido no ano passado.
Foi muito bom poder perceber a importância da proposta que foi trabalhada em parceria com duas colegas de minha escola como parte integrante do meu inventário e mais ainda saber o quão significativo está sendo para os alunos a participação e o engajamento nesta proposta que visa desenvolver não só a criatividade mas também a aprendizagem como um todo.Como vocês podem ver é um trabalho que desenvolve várias habilidades , mas o principal é a integração do grupo, as vivências compartilhadas e o amadurecimento adquirido.

  • Criar as oportunidades para que os alunos possam se expressar por meio dos jogos dramáticos;
  • Desenvolver sua criatividade, expressão oral, corporal, capacidade de síntese e iniciativa para colaborar com o trabalho do grupo.

  • Na escola em que atuei até o momento de minha licença temos um grupo de teatro, que nasceu de uma parceria entre o trabalho com literatura infanto-juvenil na biblioteca e o projeto de artes que desenvolvia com os alunos em turno contrário ao da aula.

No ano passado, como foi o centenário de Mário Quintana, decidimos juntamente com os alunos conhecer melhor a sua obra e quem sabe daí estruturarmos alguma atividade teatral.

Para darmos início as atividades do grupo de teatro, partimos dos jogos dramáticos e realizamos atividades como:

1- Ao som de uma música os alunos deveriam caminhar ocupando o espaço da sala, se movimentando seguindo o ritmo, passando pelos colegas sem se chocarem uns nos outros, em dado momento trocamos a música colocando ritmos variados.

2- Dividir o grupo em quatro subgrupos com quatro elementos, a cada grupo é dado uma cartela indicando um tipo de sentimento, em seguida os grupos combinam alguma ação que vá demonstrar aquele sentimento que lhe foi indicado. Após a apresentação de cada grupo os demais tentam adivinhar que sentimentos estão expressando.

3- Alunos em duplas, um será a massa e o outro o escultor. Desta maneira cada um na sua vez tentará formar com o corpo do outro colega uma escultura.

Além destas atividades que costumamos realizar, no início de nossos encontros, para desenvolver autoconfiança, coordenação motora, improvisação, expressão oral, etc. Também realizamos leituras sobre a obra do Quintana a fim de escolhermos em que nos basearíamos para construirmos a peça de teatro.

Após várias leituras decidimos por encenarmos “O pé de Pilão”, dividimos o trabalho, enquanto cuidava do cenário e figurino, juntamente com os alunos, a professora da biblioteca trabalhava com eles o texto, dividiu as falas dos personagens, fizemos sorteio para definir o papel de cada um ou selecionávamos de acordo com a disponibilidade de cada um para fazer tal personagem.

Os alunos se engajavam extremamente ao trabalho porque participavam de todas as ações em conjunto.

Ao final conseguimos montar o espetáculo e apresentamos para todos os alunos na área coberta da escola com a presença da sobrinha do Poeta Mário Quintana, que visitou nossa escola.

Nosso trabalho foi reconhecido e fomos convidados a apresentá-lo em outras escolas do nosso município e também para o pessoal do curso técnico do SENAC de Estância Velha que nos presenteou com um passeio à Casa de Cultura Mário QuintanaSínteseSíntese
De acordo com as leituras e pela experiência que tive com nosso grupo de teatro pude compreender as palavras de Spolin ao afirmar que todos nós somos capazes de atuar, de aprender através das experiências que vivemos.

O teatro é uma atividade artística que exige muito de todos que estão envolvidos, o trabalho deve ser coeso e interdependente, para que possibilite o crescimento pessoal de seus componentes.

Guinsburg assinala que o ponto de partida do ato teatral se baseia em elementos fundamentais para a sua existência, tais como: intencionalidade, texto, personagem e público.

O teatro no contexto escolar torna possível uma maior compreensão do indivíduo por parte de si mesmo e do mundo que o cerca, exigindo uma reestruturação na sua maneira de expressar as idéias que quer comunicar em cena de tal modo que possa refletir nas suas ações cotidianas.

Existem algumas formas de abordagem dramática na educação:

O Play Way ou método dramático, no qual o teatro é utilizado como caminho para a aprendizagem de várias disciplinas.

O Teatro Criativo onde o jogo dramático é caracterizado pela livre expressão, improvisação e espontaneidade ganham ênfase.

O Movimento Criativo se apóia na experiência do movimento expressivo, principalmente no que se refere à dança e ao teatro, do qual Laban foi precursor.

O Teatro Escolar onde a representação é vista como uma das possibilidades de trabalho em sala de aula se desenvolve a partir dos jogos criativos e de trabalhos de improvisação. Há que se ter o cuidado com a faixa etária dos alunos, pois os alunos devem trabalhar num processo de cooperação e construção artística.

O Jogo Dramático está ligado ao faz- de- conta infantil, mais ligado à subjetividade e as relações do indivíduo com seu imaginário e sua expressividade.

Os Jogos Teatrais - desenvolvido pela pesquisadora Viola Spolin, são uma abordagem contemporânea do teatro na educação. É baseado na improvisação, na construção individual e na interação entre os indivíduos e destes com os problemas de atuação.

A utilização de determinada abordagem teatral não exclui as demais, é necessário ter clareza com relação aos objetivos que se quer alcançar e buscar os melhores caminhos para atingi-los.

Os alunos se envolveram tanto no trabalho realizado com o teatro que isso refletiu no rendimento deles na sala de aula, muitos adquiriram mais autoconfiança, melhorou a expressão oral, a leitura, a participação das atividades em geral na escola.

Realizando as leituras dos textos pude perceber com maior propriedade a importância do teatro na educação, elas vieram reforçar minha crença na aprendizagem pela arte.

terça-feira, 6 de novembro de 2007


Brincar é uma atividade dinâmica e simbólica, através das brincadeiras a criança se conecta com o mundo que está a sua volta, estabelecendo relações com a realidade que o cerca.
Na Idade Média os jogos, as brincadeiras, a dança, a música, a poesia eram as principais fontes de relações das quais a sociedade dispunha para estreitar seus laços coletivos e para as quais dedicavam grande parte do seu tempo diário.
Segundo Domenico De Masi " o tempo de divertir-se não estava separado da dedicação ao trabalho e aos afazeres rotineiros", "TRABALHO E VIDA COINCIDIAM TOTALMENTE".
Com a industrialização o homem passa a fazer divisões no seu tempo, sua vida perde um pouco da autonomia e da criatividade. A modernidade o empurra para dentro de sua casa, o espaço das ruas e praças é tomado pelo trânsito de carros, pessoas e por grandes construções. A urbanização torna a atividade lúdica cada vez mais relegadas a pequenos momentos separadas das outras atividades de rotina da vida diária.
Devemos nos esforçar para viver a dimensão lúdica de maneira integrada com as outras esferas da vida.
Viver ludicamente é uma forma de intervenção no mundo, por isso precisamos resgatar esta especificidade humana garantindo o nosso direito ao lazer, ao divertimento com os nossos pares livre das atividades massificadoras que a mídia nos impõe.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

AS MENINAS



Ao realizar esta releitura me remeto a criação da primeira mulher criada por Deus para ser companheira de Adão, Lilith, que por se negar a ser submissa foi banida do paraíso e se transforma num ser do mau.
Sobreponho estas imagens fazendo uma reflexão da menina que eu fui, da ingenuidade que tinha e faço um contraponto da mulher em que me transformei.
O quanto de ingenuidade e rebeldia carregamos por todos estes anos?
Em que lugar em mim, ainda habita a menina que fui?
Ah, essas meninas ! Como nos fazem pensar,reagir, descobrir tudo o que ainda não experimentamos!!!!
Ana Parker

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

DE QUEM É A MÚSICA?


DE QUEM É A MÚSICA?
A música está presente em todos os momentos de nossa vida, mesmo antes do nascimento dos meus filhos já costumava alisar a barriga e cantarolar para eles.
Eu particularmente adoro qualquer tipo de música, desde as clássicas até MPB.
A música está em toda parte desde o cantar de um passarinho, o barulho do vento nas folhas das árvores, os pingos da chuva no telhado, tudo sugere uma musicalidade que nos inspira a apreciar a vida. Desperta em nós emoções e sentimentos, faz com que retornemos a momentos marcantes em nossa caminhada.
Estou aqui escrevendo e ao mesmo tempo pensando, que se tivesse que fazer uma coletânea dos melhores momentos de minha vida acho que daria um belo “cd”.
Então, de quem é a música? Bom pra mim a música pertence a todos, pois está presente em nossas vivências de maneira singular.
No tempo em que estudava no primeiro grau, numa escola pública, tínhamos aula de música com uma professora que nos acompanhava ao piano, uma vez por semana, era maravilhoso, nem preciso dizer que participava com muito gosto das aulas, inclusive fazia parte do coral da escola.
Hoje infelizmente, não vemos mais aulas de música nas escolas, talvez por esse motivo haja essa carência de movimentos musicais com melhores conteúdos no país, além dos axés e funks que banalizam nosso ritmo genuinamente brasileiro e o gosto pela boa música.
É justamente aí que o papel de educadores como nós, fará a diferença, pois precisamos apresentar as nossas crianças os mais variados ritmos e estilos musicais para resgatarmos o conhecimento, através da boa música para que possam incentivá-los a criar.
Ana Parker

Contação de histórias


Eu adoro ouvir e também contar histórias e concordo com a autora, Fanny Abramovich, quando afirma que ouvir histórias é extremamente estimulante para a imaginação infantil e também pelo gosto pela leitura. Lembro que quando era criança,mesmo antes de aprender a ler nosso avô nos dava gibis de histórias em quadrinhos, e ao olharmos a següencia dos mesmos, íamos inventando a história e contando para ele. Esse foi meu primeiro contato com livros de histórias, depois na escola retirávamos livrinhos na biblioteca para levar para casa ou então na hora do recreio podíamos ir até a biblioteca para lermos. Eu adorava estes momentos.No meu tempo de aluna não havia hora do conto nas escolas , como há hoje. Um momento especial dedicado a contação de histórias, previamente selecionadas, planejada de maneira atrativa , na maioria das vezes para as crianças poderem curtir aquele momento com prazer.Considero isto um avanço em termos de educação!Nas minhas aulas, sempre há espaço para histórias e poesias! Costumo rechear minhas aulas com boas histórias e poesias, pois daí fica muito gostoso aprender a ler e desenvolver a capacidade da criar de textos. Gosto de utilizar poesias e histórias para resgatar a auto-estima das crianças e desenvolver a criatividade através de dramatizações, paródias,arrastões poéticos,etc.

Ana Parker

O semestre promete!!!!

Artes Visuais


Música


Literatura Infanto-juvenil


Teatro!!!!


Estou me deliciando com tantas atividades interessantes que estão por vir. Acho que este semestre promete, pois poderemos externalizar toda a nossa criatividade e também nos abastecermos de idéias, refletindo sobre a nossa prática...


quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Minhas aprendizagens!!



Aqui estou eu, Ana Beatriz Parker, professora municipal da rede pública de ensino, criando um blog muito especial, pois através dele estarei postando minhas aprendizagens durante o curso de Pedagogia à distância, realizado pela URFGS, no polo de São Leopoldo.