sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Avaliação



A tarefa de avaliar envolve muitas questões, desde a cobrança de índices de aprovação, por parte das mantenedoras, até a dificuldade e o despreparo dos professores em desempenhar tal função.

O professor é o grande mediador, facilitador do processo de aprendizagem, através da interação com seus alunos e comunidade escolar, possibilita o desenvolvimento da autonomia e a criação de vínculos, por isso, deve ter em mente a importância de um processo avaliativo justo, levando em consideração a reflexão do processo de aprendizagem por parte de todos os envolvidos.

Realizo a avaliação dos meus alunos levando em conta todos os momentos vivenciados por eles na sala de aula. Proponho atividades diversificadas como: pesquisas, trabalhos em grupo, saídas de campo, produções de texto, considero também a participação e interesse pelos assuntos discutidos.

Costumo observar o desempenho dos alunos e registrar todos os avanços e dificuldades enfrentadas, procuro respeitar o ritmo de cada um e tento rever as estratégias adotadas. A partir daí realizo as intervenções necessárias para que cada um possa sanar suas dificuldades e avançar no processo de aprendizagem.

As anotações realizadas servem de suporte para criar o parecer descritivo de cada aluno, onde são contempladas todas as aprendizagens realizadas pelos alunos nesse período, bem como as habilidades e competências desenvolvidas.

Além de realizar as avaliações dos alunos, também podemos avaliar o processo de ensino aprendizagem em que todos estão envolvidos, refletindo sobre a proposta pedagógica adotada e revendo a possibilidade de adotar outros caminhos, se necessário.

Através da avaliação, procuro aperfeiçoar minha prática, reformulando o meu planejamento, revendo minhas estratégias, pois afinal de contas quem ensina também aprende, portanto temos que estar abertos para as mudanças.


REFERÊNCIAS:


FERREIRA, Lucinete. O contexto da prática avaliativa no cotidiano escolar. In: Retratos da avaliação: conflitos, desvirtuamentos e caminhos para a superação. Porto Alegre. Mediação, 2002, p.39-61

Lingua Brasileira de Sinais






Particularmente não conheço nenhuma pessoa surda, porém eu trabalhei próxima a uma escola de surdos e quando pegávamos o ônibus ficava observando alguns jovens surdos.

Eles estavam sempre animados e conversavam entre eles usando a linguagem de sinais, se comunicavam também com o cobrador.

Em minha opinião as pessoas surdas não se diferem das demais, apenas utilizam outra maneira de se comunicar enfatizando os movimentos das mãos, do corpo e tem a percepção visual mais desenvolvida.

Num dia desses fui ao supermercado perto de minha casa e pedi ajuda para um funcionário que transitava pelos corredores ele então demonstrou não ter me entendido, logo que percebi que era surdo falei com ele frente a frente e pausadamente, possibilitando a leitura labial, então ele me ajudou a escolher o café que procurava sem maiores problemas.

Para se comunicar com os surdos acho que seria mais fácil se todos soubessem a LIBRAS e nós enquanto educadores mais ainda, pois a qualquer momento poderemos ter que atender um aluno com estas especificidades.

A cultura do surdo é formada por um grupo de pessoas surdas ou ouvintes e que utilizam um tipo de linguagem, regras de comportamento, valores próprios e que compartilham metas em comum e assim como todos nós vão à escola, trabalham, se divertem, namoram, enfim vivem.

Práticas de leitura, escrita e oralidade no contexto social

O conceito de letramento surge para separar estudos sobre as práticas sociais da escrita e a alfabetização. Tal estudo examina as mudanças políticas, econômicas, sociais e cognitivas relacionadas ao uso da escrita.

O letramento está presente na vida dos indivíduos mesmo antes destes serem alfabetizados. Um exemplo destas práticas seria a criança ouvir uma história contada por um adulto, acompanhando a sequência da mesma através das figuras do livro.

De acordo com a autora a escola se preocupa apenas com o processo de aquisição dos códigos da escrita, deixando de lado a sua função social que é observada em outras agências de letramento, como a família, a igreja, as placas das ruas, até mesmo as imagens da televisão, dos anúncios de produtos em folhetos de supermercados ou outdoors.

Observamos que muitas crianças conseguem realizar cálculos mentais, conversar sobre assuntos diversos, usar até o computador, ir ao mercado fazer compra para a mãe, mas tem dificuldade em usar o código escrito e numérico na escola.

As práticas do uso da escrita na escola seguem uma concepção de letramento do modelo autônomo, que leva em conta a competência individual que é utilizada apenas como forma de promover e aprovar os alunos, deixando de lado a função social da mesma. Nesse modelo a escrita seria um produto completo, pronto, sem estar presa ao contexto, representando uma ordem diferente de comunicação, distinta da fala.

O modelo ideológico, afirma que as práticas letradas são culturalmente determinadas pelo contexto social e instituições em que foi concebida, levando em conta a pluralidade e a diferença, investigando as características entre práticas orais e práticas letradas.

Alguns autores acreditam que a oralidade e a escrita não são extremas, há um contínuo entre ambas as modalidades de linguagem dependendo do foco em que estão empregadas, nem toda escrita é formal e planejada, nem toda oralidade é informal e sem planejamento.

Precisamos pensar o processo de aquisição da escrita como um processo contínuo ao desenvolvimento lingüístico da criança substituindo a ruptura que determina à práxis escolar.

As práticas letradas realizadas pela família ou em instituições como a igreja, são práticas coletivas essenciais onde o conhecimento sobre a escrita é construído coletivamente pela colaboração dos indivíduos de um determinado grupo. Por esta razão faz mais sentido reencaminhar o ensino da escrita na escola priorizando o que há de comum, de semelhante entre oralidade e a escrita valorizando e ampliando a sua função social.

As atividades planejadas para um dia letivo servem como evidências do que pode ser trabalhar o letramento e sua função social na sala de aula, os alunos ao criarem suas receitas de sanduíche passam a usar uma linguagem própria de um livro de receitas e começam a estabelecer as diferenças entre os diversos estilos de texto.

Atividades rotineiras como ir ao mercado, fazer uma lista de compras, ler a bula do remédio, preparar uma receita, calcular o troco da padaria ou do sorvete são práticas do dia-dia em que o letramento está presente.

A concepção do ensino da escrita como modelos que consideram a aquisição da escrita como uma prática discursiva que na medida em que possibilita uma leitura crítica da realidade, se constitui como um importante instru­mento de resgate da cidadania e que reforça o enga­jamento do cidadão nos movimentos sociais que lu­tam pela melhoria da qualidade de vida e pela transformação social (Freire, 1991:68). O resgate da cidadania, no caso dos grupos marginaliza­dos, passa necessariamente pela transformação de práti­cas sociais tão excludentes como as da escola brasileira, e um dos lugares dessa transformação poderia ser a desconstrução da concepção do letramento dominante.

REFERÊNCIAS:

KLEIMAN, Angela B. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola, 2006. In: KLEIMAN


Projetos de trabalho

Ao ler o texto de Hernández & Monteserrat (1998) e assistirmos aos vídeos compreendemos a importância de desenvolvermos uma proposta pedagógica tendo como ferramenta os projetos.

Utilizar os projetos para desenvolver um trabalho pedagógico é muito desafiador e podendo envolver alunos de todas as faixas etárias. As aprendizagens por meio dos projetos tornam-se mais significativas para os alunos, uma vez que podem trazer para o ambiente da sala de aula sua bagagem de conhecimentos e participar ativamente da troca de idéias visando a transformar e ressignificar suas aprendizagens.

O projeto poderá partir de uma idéia ou curiosidade dos alunos, oportunizando um trabalho integrado com todas as disciplinas e sujeitos da comunidade dentro e fora da escola. Os alunos aprendem a coletar e selecionar as informações recebidas e a partir destas constroem hipóteses que poderão originar a elaboração de conceitos que solucionarão as dúvidas levando o sujeito a encontrar as respostas e construindo seu conhecimento. Podem desenvolver sua criatividade, autonomia, criticidade, compartilhando conhecimentos, exercitando o prazer de pensar expressando o que aprenderam.

No projeto os conteúdos são mais flexíveis, parte da curiosidade e interesse dos alunos, assim a aprendizagem torna-se mais significativa e extrapola o ambiente escolar, oportunizando aos alunos protagonizarem seu processo de aprendizagem, exigindo do professor cumplicidade, atualização uma vez que deverá ser o animador de todo esse processo.

Este ano propus aos alunos um projeto sobre a diversidade étnica em nosso município para tomarmos conhecimento da participação das várias etnias que foram responsáveis pela construção da história da cidade. Para desenvolvermos esta temática fomos ao encontro de materiais que abordassem a etnia indígena e afro-brasileira, com o objetivo de nos apropriarmos de uma parte da história que não é contada nos livros, mas que é muito importante, pois faz parte da nossa própria história.

Buscamos materiais e propomos atividades variadas tais como: pesquisas, entrevistas com remanescentes da comunidade negra, saídas de campo (visitação a aldeia indígena na Feitoria), participação em seminários, etc. Enfim nos apropriamos da história como protagonistas do nosso saber.

REFERÊNCIAS:

HERNÁNDEZ, Fernando; MONTSERRAT, Ventura. Os projetos de trabalho: uma forma de organizar os conhecimentos escolares. In: _____. A organização do currículo por Projetos de Trabalho. 5ª edição, Porto Alegre: Artmed, 1998.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Aluno do EJA

Ao trabalharmos com EJA, devemos ter em mente o tipo de aluno que estamos atendendo, investigar a sua história, sua bagagem cultural, analisarmos o contexto biopsicossocial do qual esse sujeito faz parte. A partir destas características pensarmos em que estratégias lançaremos mão para atingir esse indivíduo que não é mais criança e já foi excluído da escola por inúmeras razões tendo o seu direito a uma educação de qualidade renegado. Também é importante que nós saibamos como esses jovens e adultos constroem seu conhecimento.

Para Oliveira (1999) a escola que atende EJA deve propor em seus PPPs, os currículos, programas e métodos de ensino, que garantam uma aprendizagem significativa para esses jovens e adultos. Levando em consideração as suas vivências, desenvolvendo suas habilidades e competências e as interações com todos os envolvidos nesse processo de aprendizagem, de tal maneira que possa promover a inserção desses indivíduos na sociedade, transformando sua realidade, ampliando a sua visão de mundo.

Os alunos da EJA geralmente são oriundos de classes populares, migrantes da zona rural, com histórico de exclusão social fortemente marcado em sua trajetória pessoal, que vêem na escolarização uma possibilidade de melhoria nas condições de trabalho, fazem parte de um grupo cultural bastante heterogêneo, com peculiaridades intelectuais distintas.

Na saída de campo pudemos constatar que a maioria dos jovens faz parte da zona urbana da cidade, são alunos multirepetentes que veêm na escola noturna uma possibilidade para continuar estudando, porém continuam levando tudo na brincadeira, se atrasam para entregar os trabalhos e demonstram indisciplina. Já os adultos encaram a sério a proposta do professor , demonstram mais interesse, questionam, dão sugestões e reclamam da indisciplina dos jovens, preferindo se matricular em turmas só de adultos.

Um dos fatores que contribui para a evasão e repetência dos alunos da EJA são as propostas de ensino que as escolas vêm oferecendo muitas vezes desconectadas da realidade do aluno, utilizando uma linguagem específica que não atende as especificidades desses sujeitos. Com isso há uma dificuldade na compreensão das regras estabelecidas pelas escolas, levando o aluno a desmotivação e reprovação, pois não sendo acolhido por esta se sente num mundo sem espaço para a fala e escuta dos seus anseios, distante de sua realidade. Somente com uma prática pedagógica que valorize o sujeito, trabalhando aspectos de seu contexto, inserindo a sua realidade no currículo, problematizando-a, oportunizando a apropriação da sua história como protagonista, são fatores preponderantes para o sucesso e a aprendizagem destes alunos.

O aluno da EJA vivencia situações de uso da escrita em diversas práticas sociais, o professor precisa levar em conta tais experiências elaborando estratégias que servirão como objetos de conhecimento na alfabetização.

A escola é um local de enfrentamentos de idéias, de culturas e palco das diferenças. Assim o aluno se torna sujeito de sua aprendizagem, sendo, portando protagonista da sua própria história, agente de mudança no seu contexto social.

REFERÊNCIA

OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, 1999, p. 59-73



...a alfabetização, concebida como o conhecimento básico, necessário a todos, num mundo em transformação, é um direito humano fundamental. Em toda a sociedade, a alfabetização é uma habilidade primordial em si mesma e um dos pilares para o desenvolvimento de outras habilidades. (...) O desafio é oferecer-lhes esse direito... A alfabetização tem também o papel de promover a participação em atividades sociais, econômicas, políticas e culturais, além de ser um requisito básico para a educação continuada durante a vida. (Declaração de Hamburgo sobre a Educação de Adultos, de 1997).

A educação de Jovens e Adultos- Eja é uma modalidade de ensino que visa educação aos jovens e aos adultos que não concluíram seus estudos em idade apropriada por motivos diversos. Desta forma vem auxiliar na tarefa de diminuição das diferenças sociais e discriminações resultantes destas, resgatando uma divida histórica de exclusão social.

Busca interferir no campo das desigualdades sociais, possibilitando maior igualdade no espaço social e contribuindo para a concretização da universalização do direito a escola e ao ensino de qualidade, o que significa ter acesso a um bem real, social e simbolicamente importante, contribuindo para a conquista da cidadania e a inserção no mundo do trabalho, através da aquisição das competências exigidas para isso. Oferecerá condições a trabalhadores e a tantos outros segmentos da sociedade que foram desfavorecidos quanto ao acesso e permanência na escola, oferecendo proporcionalmente, maiores oportunidades de resgate da vida escolar e oferecendo reais condições de igualdade social através da aquisição de um ensino que os qualifique profissionalmente e que promovam o pleno exercício da sua cidadania.

Através do acesso a cultura e ao conhecimento formal, o EJA, busca auxiliar na construção da autonomia, da auto-estima e da valorização da identidade social de seu alunadoMais que resgatar dividas sociais ou atender demandas da atualidade, a educação de jovens e adultos propõe novas perspectivas de vida e sociedade, já que se baseia no caráter incompleto do ser humano e concebe o conhecimento como um bem historicamente construído e por tanto constantemente modificável, precisando assim escola, alunos, conteúdos e materiais didáticos se adequarem constantemente a estas modificações, principalmente os que envolvem as tecnologias de comunicação e informação, para melhor qualificação de vida para todos. Para tanto atribui significado as experiências sócio-culturais de seus alunos, possibilitando que igualitariamente, todos possam se formar, se desenvolver e constituir conhecimentos, habilidades, competências e valores que serão utilizados.

O profissional do magistério que se dedica ao Eja deve estar preparado para trabalhar com um grupo de estudantes, que podem ou não serem trabalhadores, podem estar afastados a muito tempo da escola, podem ter dificuldades de manter a freqüência e ou as atividades, podem ter idade igual ou superior ao do professor, etc. Fatores que de uma forma ou de outra podem trazer muitas diferenças nos resultados de trabalho e até mesmo provocar a evasão escolar.

Referência:

· Parecer CEB 11.2000_Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos.

· GADOTTI, Moacir. Estado e Educação Popular: políticas de educação de jovens e adultos. Paixão de Aprender: escola, conhecimento e cidadania. Secretaria Municipal de Educação, Prefeitura Municipal de Porto Alegre, out. 1993, n. 5, p. 54-5.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Professor da EJA

Aprendi que é importante investigarmos a história de vida dos alunos e analisarmos o contexto em que estão inseridos e a partir daí traçarmos estratégias para atingirmos este sujeito. Propondo atividades significativas para esses jovens e adultos, levando em consideração suas vivências e a sua bagagem cultural, desenvolvendo as suas habilidades e competências, além de tornarmos a aprendizagem mais interessante, garantiremos a inserção destes indivíduos na sociedade.

Considero importante que o professor possa tornar o aluno da EJA protagonista da sua aprendizagem, trabalhando aspectos de seu contexto,problematizando-os, inserindo sua realidade no currículo, desafiando-os a serem agentes de mudança.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

EJA- Principais idéias

...a alfabetização, concebida como o conhecimento básico, necessário a todos, num mundo em transformação, é um direito humano fundamental. Em toda a sociedade, a alfabetização é uma habilidade primordial em si mesma e um dos pilares para o desenvolvimento de outras habilidades. (...) O desafio é oferecer-lhes esse direito... A alfabetização tem também o papel de promover a participação em atividades sociais, econômicas, políticas e culturais, além de ser um requisito básico para a educação continuada durante a vida. (Declaração de Hamburgo sobre a Educação de Adultos, de 1997).
A educação de Jovens e Adultos- Eja é uma modalidade de ensino que visa educação aos jovens e aos adultos que não concluíram seus estudos em idade apropriada por motivos diversos. Desta forma vem auxiliar na tarefa de diminuição das diferenças sociais e discriminações resultantes destas, resgatando uma divida histórica de exclusão social.
Esta modalidade de ensino tem como função assegurar o direito a uma escola de qualidade, possibilitando ao indivíduo a inserção no mundo do trabalho, nos espaços de participação da vida social afim de que possa desenvolver habilidades, confirmar competências, retomando seu potencial com um nível técnico e profissional mais qualificado.


Referência:
Parecer CEB 11.2000_Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos.

INICIANDO SEMESTRE




Mais um semestre se inicia e estamos todos cheios de expectativas sobre as interdisciplinas em curso neste eixoVII.Sabemos que teremos muitos desafios, até porque estamos assoberbados de tarefas em nossas escolas, por conta dos dias de recesso em função da gripe A(H1N1).

Já nas primeiras tarefas das interdisciplinas de Linguagem, Didática e EJA percebemos que as reflexões continuarão sendo bastante significativas não só para nossa formação acadêmica como também para aprimorarmos nossas práticas pedagógicas nos contextos escolares em que estamos incluídos e dos quais fazemos parte.

terça-feira, 21 de julho de 2009

terça-feira, 14 de julho de 2009

Entrevista a TV Feevale por ocasião de Seminário sobre a Igualdade Racial realizado na escola em que atuo.

http://www.youtube.com/watch?v=umrFnaSlRa0

Clímax do Semestre

Neste link está a minha apresentação final do eixo VI. Dê uma olhadinha e deixe seu comentário.

https://www.ead.ufrgs.br/rooda/webfolio/abrirArquivo.php/Usuarios/16673/Geral/Apresentacaoworkshop09.ppt

quarta-feira, 17 de junho de 2009

DESENVOLVIMENTO DA MORAL

A escola também precisa se preocupar com desenvolvimento moral dos alunos, uma vez que é uma instituição social que tem como principal objetivo a educação e o desenvolvimento da aprendizagem.
De acordo com os estudos de Piaget, o desenvolvimento moral ocorre por meio das relações do indivíduo com o seu meio e envolvem regras, autoridade e respeito.
Na escola em que atuo ocorrem vários problemas de relacionamento entre os alunos e desrespeito aos professores e às normas da escola. Tal situação é cada vez mais comum, não só na escola, como na comunidade em geral, onde diariamente sabemos da ocorrência de conflitos que muitas vezes ganham visibilidade dentro do ambiente escolar.
Os conflitos são muitas vezes de ordem familiar, mas na escola é que se tornam visíveis, pois o espaço escolar muitas vezes é o lugar onde os alunos são ouvidos e lhes é dada a oportunidade de expressar seus sentimentos e carências. Sendo assim cabe a nós professores encontrarmos uma forma de socialização destes conflitos, elaborando projetos educativos que tratem destas e outras problemáticas que fazem parte da realidade dos alunos, ajudando-os a encarar seus problemas refletindo sobre os mesmos.
Atualmente estou atendendo uma turma de terceiro ano, e a maioria dos alunos tende a valorizar as atitudes negativas uns dos outros, tenho tentado a desmistificar tais ações trabalhando questões de valorização da auto-estima dos alunos dando visibilidade as habilidades e potencialidades de cada um.
Nesta semana teremos momentos da aula para que cada um possa ensinar algo que já sabe e que gosta de fazer aos demais colegas. Pois em conversa discutimos que sempre temos algo para ensinar e aprender com o outro e logo achei bacana propor este desafio aos alunos como forma de valorizar a todos.
Sempre que surge algum desafeto seja na hora do recreio ou mesmo durante a aula é comum eles logo apelarem para a agressão física, estamos discutindo sobre essa postura no sentido de propor o diálogo para solucionar tais conflitos. A elaboração de regras de boa convivência foi uma alternativa apontada por uma aluna. Sentamos e aos poucos estamos construindo nossas regras. Nesta oportunidade trabalhei o texto “palavrinhas mágicas”, onde apareciam as palavras: com licença, por favor, obrigado e desculpa.
Nossa preocupação enquanto professores é desenvolver a autonomia, criticidade e respeito mútuo, mas muitas vezes não conseguimos entender porque os alunos têm dificuldades para tanto. Lendo os textos de Jaqueline Picetti e Lisiane Camargo pude compreender como é importante para o trabalho do professor conhecer o desenvolvimento da moralidade nas crianças.
O aluno só alcançará a autonomia moral quando tiver desenvolvido relações interpessoais e de respeito num ambiente que propicie o exercício do pensar, expressar, dialogar, refletir, entre outros. As relações pessoais construídas desde o nascimento, através da família, e mais tarde na escola é que formarão os valores morais do indivíduo, por isso atitudes de cooperação, solidariedade e o respeito mútuo devem fazer parte da rotina escolar. Para Piaget, o indivíduo desenvolve a moralidade de acordo com duas tendências a autonomia e a heteronomia. O desenvolvimento moral ocorrerá pela evolução de ambas seguindo da heteronomia (etapa do desenvolvimento moral em que são introduzidas normas sociais às crianças) até a autonomia moral (permite que a pessoa reaja a partir de uma norma, mas tendo consciência para avaliar seu contexto).
A heteronomia precisa ser bem trabalhada na criança, pois será base para o agir moral, devendo estar calcada principalmente na argumentação.
É importante construir uma moral autônoma, calcada em relações de reciprocidade e respeito mútuo, para que o indivíduo se integre positivamente no seu contexto social e seja valorizado influenciando positivamente as gerações futuras.


Referências Bibliográficas:

CAMARGO, Lisiane Silveira. Reflexões sobre a Moralidade na Escola
PICETTI, Jaqueline Santos. Significações de Violência na Escola: Equívocos da compreensão dos processos de desenvolvimento moral na criança.
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REFLEXÕES

ANÁLISE DO ENSAIO DE ADORNO

A partir do texto de Adorno passamos a compreender ainda mais a importância de uma educação voltada à valorização da reflexão dialética do indivíduo. Onde haja o resgate desse indivíduo, consciente de seu papel na sociedade, responsável por suas escolhas e auto-determinado.
O que predispôs os indivíduos a aceitarem o nazismo e a barbárie segundo Adorno foi o nacionalismo exacerbado levando o indivíduo a um estado de inconsciência capaz de aderir a práticas sádicas vinculadas a um coletivismo destrutivo. Pois o indivíduo com caráter manipulativo passa a acreditar no “consciente coletivo”, ficando cegamente orientado pelos princípios determinados pelo poder e supremacia de autoridades externas e superiores.
Adorno sugere a autonomia como solução para evitar que a barbárie se repita. A força contra o princípio destrutivo está na reflexão e na auto determinação dos indivíduos para se contraporem a qualquer supremacia coletiva que vise manipular as massas promovendo a anticivilização.
Somente a educação garante ao indivíduo a intervenção na sua realidade, a tomada de consciência do seu “eu” no mundo criando autonomia para vivenciar as mudanças no contexto social em que está inserido.
É pela auto-determinação e conhecimento que o indivíduo se torna capaz de dizer não a este ou aquele Apelo ideológico. Através da conscientização das pessoas frente ao horror que foi Auschwitz é que os indivíduos passarão a refletir sobre ações como estas, que podem levar a desumanização e ao retorno à barbárie.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Coloquei este link das construções que a turma fez em Power Point, no Laboratório de Informática.

https://www.ead.ufrgs.br/rooda/webfolio/abrirArquivo.php/Usuarios/16673/Disciplinas/9296/passeio%20com%20os%20alunos_anaparker.ppt

sábado, 2 de maio de 2009

Fora da escola também se aprende!!



A partir do trabalho que realizei com meus alunos do 3º ano, construindo a árvore genealógica de cada um, constatamos que muitos possuíam índios e negros na família, resolvemos nos aprofundar sobre a presença indígena e do africano, hoje, em nossa vida.
Os alunos recordaram da apresentação dos índios Kaingangs, no ano passado, em nossa escola, sendo assim comecei a pesquisar sobre a origem desta tribo e também dos hábitos e costumes indígenas que influenciam a nossa vida.
Juntamente com minhas colegas dos 4º anos planejamos uma visita à aldeia Kaingang, na Feitoria em São Leopoldo.
Foi um momento ímpar, os alunos puderam conhecer a realidade desta aldeia e conversar com pessoas desta comunidade indígena, trocando experiências, brincando com as crianças da aldeia.
Observamos as índias a prepararem o "pão de cinza", um pão feito com farinha, água e sal sovados e assados nas brasas e cinzas do fogo de chão. Os alunos ficaram encantados também com a criatividade dos índios ao confeccionarem os cestos de palha e cipó, bem como os colares e pulseiras de sementes e contas coloridas.
Na sala de aula, construímos textos coletivos sobre a experiência que tivemos, fizemos cartazes com as informações que coletamos, confeccionamos dobraduras dos índios, pintamos e decoramos com penas coloridas. Com as fotos que tiramos durante o passeio, estamos montando slides no “Power point” para compartilharmos com as famílias num momento a ser planejado.
Elaboramos também um mosaico com nossas descobertas e aprendizagens, expondo-o num mural para compartilharmos com os demais alunos de nossa escola.
O passeio foi enriquecedor para os alunos, pois puderam ver e constatar como os índios vivem, observando as influências que sofrem em sua cultura, como também as que exercem em nossa vida. A aprendizagem ocorreu de maneira prazerosa, fora dos limites da escola, num lugar simples e cheio de história de vidas que se confundem com as nossas próprias.
Outro aspecto que merece relevância foi a semelhança física de alguns alunos com os índios que ao se locomoverem pela aldeia por vezes se confundiam com os mesmos. Realmente nossas diferenças é que nos enriquecem.

domingo, 22 de março de 2009



Mais um ano letivo se inicia e com ele renovamos nossos objetivos,procurando reformular nossa prática pedagógica refletindo sobre os conhecimentos adquiridos e as vivências .

Agora é o momento de buscar parcerias com toda a comunidade escolar, integrar a família e a escola, sondar as necessidades dos alunos para resignificar o nosso trabalho tornando-o mais interessante e desafiador .

Espero que este ano seja propício a alegria, ao desenvolvimento da criatividade, a novas descobertas e a muita energia boa para todos nós.