domingo, 25 de abril de 2010

Aprendendo mais com os indígenas

Nesta semana saí com meus alunos do estágio, fomos até a praça do Imigrante para participarmos de uma atividade apresentada por alguns integrantes da aldeia Kaingang, que foi acolhida neste dia pelas autoridades locais.
Neste evento além de assistirmos as danças e músicas cantadas, podemos ouvir o desabafo do cacique da aldeia, que relatou: "... hoje o índio para viver precisa da ajuda dos políticos! Temos escolas bilíngue, para que as crianças indígenas não percam sua cultura, mas aprendam a ler e escrever.Somos discriminados,nos olham com preconceito. Aceitamos a todos como são, não importa se é branco, negro, amarelo ou vermelho. Respeitamos os diferentes, somos iguais a todas as pessoas, só temos a cultura diferente."
Esta fala do cacique nos fez refletir como o índio se sente hoje, sem a terra que lhe pertencia, sem espaço na sociedade, tendo que muitas vezes vender seus artesanatos nas sinaleiras das cidades para poder tirar o sustento de sua família.
Ficamos pensando, onde fica o direito do índio de ser um cidadão? Eles deixaram de ser os donos da terra para viverem dos favores políticos para serem alocados aqui ou ali, para não ficarem na beira de estradas a merce de sua própria sorte. É assim que são tratados os nossos antepassados indígenas que tanto influenciaram e ainda influenciam a cultura brasileira?
Trago este relato para discutirmos como é importante a participação dos alunos em atividades dentro e fora do espaço escolar. Se nós não tivéssemos ido até a praça não tomaríamos conhecimento da realidade em que se encontram os indígenas no Brasil, tampouco saberíamos do quanto que eles estão lutando para ocuparem seu espaço nessa sociedade.
Fizemos hoje uma leitura diferente. Essa leitura não foi de nenhum livro, mas dos fatos reais que estão acontecendo, tão próximos de nossa realidade, a qual muitas vezes não conseguimos perceber.
Aprendemos muito nesse passeio até a praça e ficamos muito felizes de vermos os indiozinhos observando as fotografias da nossa visita até a aldeia no ano passado, as quais estavam expostas nos murais que enviamos .

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Estamos sempre aprendendo e re-aprendendo

Gostaria hoje de compartilhar uma leitura maravilhosa que realizei: História do menino que lia o mundo, de Carlos Rodrigues Brandão.
Neste livro ele conta a história de um professor, velho conhecido de todos nós, Paulo Reglus Neves Freire, o mestre Paulo Freire.
Brandão conta a história de uma maneira muito suave e nos faz refletir sobre a nossa constituição sócio-cultural, e do quanto estes influenciam na construção dos nossos conhecimentos.
Ao aprendermos vamos tomando consciência do mundo que está em nossa volta e passamos a querer modificá-lo para vivermos melhor.
O autor também aborda no texto alguns conceitos como: contexto, vida, mundo, companheiro e cultura de maneira bem simples, com uma linguagem acessível, permitindo que se trabalhe com os alunos tais conceitos naturalmente.
Gostei tanto do livro que irei propor uma roda de leitura, juntamente com os alunos para depois então desenvolver os conceitos levantados, já que penso ser imprecindível tal entendimento por parte dos alunos.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

CONSTRUINDO SABERES

Agora chegou a hora de dar seguimento a tudo que tem sido feito na prática pedagógica. Planejar, elaborar cronogramas,propor tarefas que nos desafiem que nos façam refletir, ir além. A maioria das atividades fazem parte do nosso dia-a -dia, são comuns, porém temos um dado novo: a avaliação.
Estamos sendo desafiadas a uma nova ação, já que desde o início do curso estamos refletindo sobre nossa prática pedagógica, sabemos que precisamos inovar, fazer a diferença frente a todas as mudanças que a sociedade tem passado e a escola também.
Atualmente mais que uma boa formação, a escola tem que oferecer uma formação completa abordando aspectos dentro e fora da sala de aula. Além da utilização de livros, quadro, giz, folhas precisamos oportunizar ao aluno o acesso às ferramentas tecnológicas, garantindo a este a informação.
Adaptar o currículo da escola a realidade do aluno, promovendo atividades que desenvolvam suas potencialidades e competências de acordo com suas necessidades, levando em consideração a sua bagagem sóciocultural é o nosso desafio.
Cabe a nós professores criar condições e escolher a melhor maneira para promover situações de aprendizagem que sejam realmente significativas para os alunos.