sexta-feira, 15 de outubro de 2010

EIXO 5

Trabalhamos com as interdisciplinas: Organização e Gestão da Educação, Organização do Ensino Fundamental, Psicologia da Vida Adulta e Projeto Pedagógico em ação.


Em Organização e Gestão discutimos sobre um dos principais desafios da Gestão Democrática que é a divisão do poder com todos os membros da comunidade escolar. Entendemos que é preciso garantir que todos tenham direitos e possam exercer o poder de decidir, através do diálogo, do enfrentamento de opiniões, deliberando e planejando, acompanhando e solucionando problemas, avaliando as ações em prol do desenvolvimento da escola como um todo.

Não haverá uma escola de qualidade sem participação, a gestão democrática é um caminho que possibilitará a geração de uma nova escola no Brasil, para que isso ocorra precisamos instituir mecanismos de democracia representativa nas escolas, como a criação de Grêmios Estudantis, Conselhos Escolares, eleições diretas para diretores, descentralização de recursos, planejamento participativo, enfim estruturas democráticas que permitam o diálogo e a negociação entre os sujeitos.

Na interdisciplina de Psicologia da vida adulta refletimos como ocorre a aprendizagem.

Para haver aprendizagem há que se levar em conta além das relações de interdependência entre sujeito e objeto outros fatores complementares como: a maturação do organismo, as experiências com o objeto do conhecimento, a vivência social e a equilibração do organismo ao meio.

Pelo que vimos sobre a teoria Piagetiana os indivíduos em qualquer faixa etária não aprenderão pela reprodução de idéias prontas. Só haverá o desenvolvimento cognitivo quando o indivíduo tiver sido desafiado a pensar, buscando resolver um conflito, transformando a realidade do meio em que vive.

Tive uma experiência no início da carreira do magistério com uma turma de alfabetização de adultos e o que me chamava à atenção na época era o fato de que apesar dos alunos serem adultos tinha uma dificuldade acentuada na grafia. Como adultos apresentavam habilidades motoras desenvolvidas, no entanto escreviam garatujas assim como as crianças da primeira série e apresentavam uma rigidez ao pegar o lápis na mão para tentarem escrever. Lendo o que Piaget relata nos estágios de desenvolvimento cognitivo, pude compreender que apesar de serem adultos com experiências motoras consideráveis, possivelmente não tivessem desenvolvidos algumas bases de características cognitivas próprias para o estágio em que se encontrassem.

Outra barreira que enfrentavam era a vergonha de admitir que não soubesse ler nos espaços de convivência social do qual faziam parte, o que influenciava na autonomia e até mesmo na auto-estima deles.

O professor precisa conhecer como ocorre a aprendizagem dos seus alunos, para poder através de um trabalho motivador oportunizar o desenvolvimento do conhecimento.

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